Local: Brinco de Ouro da Princesa - Campinas/SP
Data: 01/02/1959 (domingo)
Árbitro: Abílio Ramos (SP)
Renda: Cr$ 65.600,00

Gols:
1º tempo: Ferrari aos 2 min.
                Célio aos 12 min.
2º tempo: Fifi aos 28 min.
                Paulinho aos 34 min.
                Fifi aos 36 min.

GUARANI: Walter; Sálvio e Bidon; Antônio Rosa (Gonçalves), Waldir e Benê II; Ferrari, Fifi, Aramis, Benê I e Friaça (Villalobos).

AAPP: Ciasca; Vani e Derém; Wilse, Pitico e Carlinhos; Eno (Ayrton), Paulinho, Célio, Bibe e Adamastor (Nelsinho). Técnico: Nico.

Obs.: A partida foi encerrada aos 40 min. do 2º tempo por conta de um conflito generalizado entre os jogadores. Os acontecimentos foram descritos de formas diferentes por cada um dos seguintes jornais:

Folha de S. Paulo de 03/02/1959, pág. 9: "Aos 40 minutos do segundo tempo registrou-se tremendo conflito entre os 22 jogadores, não tendo a peleja chegado ao seu término. O "sururu" surgiu de uma agressão do zagueiro Bidon, que agrediu Nelsinho com um soco; este revidou com um pontapé e a briga generalizou-se".

O Estado de S. Paulo de 03/02/1959, pág. 18: "A péssima atuação do árbitro Abílio Ramos, que não soube valer de sua autoridade, fez com que a partida descambasse para a violência e que aos 40 minutos degenerasse em lamentável conflito, com agressões, das quais participaram vários profissionais e finalmente fosse o gramado invadido pelo público, aumentando ainda mais a confusão, não permitindo sequer a disputa dos últimos cinco minutos de jogo".

Diário da Noite de 03/02/1959, pág. 9: "O clássico campineiro foi interrompido aos 40 minutos da segunda fase, alegando o apitador do encontro, sr. Abílio Ramos, falta de garantia. Um conflito generalizado se registrou, envolvendo dirigentes, jogadores e torcedores. Tudo começou quando o ponteiro esquerdo Adamastor deu uma cabeçada e um soco em Gilberto*, do Guarani. Este revidou e foi estupidamente "bombardeado" com socos e pontapés por elementos reservas da AAPP que invadiram o campo, juntamente com Luís Carvalho de Moura e Nestor Monteiro, dirigentes da veterana".
*Trata-se do jogador Ferrari (Gilberto José Ferrari).

Segundo O Estado de S. Paulo e o Diário da Noite, todos os jogadores foram expulsos de campo.

Julgados posteriormente pelo TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) da FPF (Federação Paulista de Futebol), Ferrari, Adamastor e Nelsinho foram suspensos por 50 dias e Luís Carvalho de Moura por 120 dias, enquanto que Bidon e os demais jogadores nem foram citados, o que sugere ser a descrição publicada pelo Diário da Noite a mais próxima da realidade.

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